Demorou, foi tenso o tempo todo, mas hoje finalmente a Fiel Nação Corinthiana pode finalmente bater no peito e soltar o grito de campeão da Libertadores da América. A jornada que começou meses atrás contra o fraco Deportivo Táchira lá na Venezuela, se encerrou no último dia quatro, no Pacaembu, com uma vitória antológica, sobre o poderoso Boca Juniors, da Argentina. Com gols de Emerson Sheik, finalmente o time paulistano alcança seu grande objetivo e como o "último dos moicanos", se junta aos seus rivais na lista de campeões da Libertadores.
Quando, também no Pacaembu o Corinthians eliminou o então campeão Santos, passamos a viver um momento histórico e estranho no futebol brasileiro. O time do povo finalmente estava em uma final do maior torneio do continente e muitos famosos e anônimos, que torcem para outras equipes, se declararam neo corinthianos, ou melhor conrinthianos de ocasião. Nessa lista podemos incluir o jogador Neymar, o Rei Pelé, o apresentador Marcelo Tas, o presidente da CBF Marín e o presidente da Federação Paulista Del Nero.
Passou a ser moda se dizer corinthiano, a imprensa continuou a falar insistentemente no time, assim como aconteceu no final do ano passado quando da conquista do penta brasileiro. A confiança da Fiel estava grande como sempre e dessa forma chegou o dia do primeiro jogo, fora de casa na "temida" La Bombonera. O time do Parque São Jorge retornou a Brasil com um bom resultado, pois o empate, dava a tranquilidade para buscar uma vitória simples e assim conquistar o título inédito e de forma invicta. O grande destaque da primeira partida foi o garoto Romarinho, que entrou no final do jogo e no primeiro toque na bola garantiu o gol de empate. Como já tinha feito os dois gols da vitória de virada sobre o rival Palmeiras, o garoto caiu imediatamente nas graças da torcida corinthiana.
E no dia quatro de julho, chegou a hora da partida mais importante dos 102 anos da história corinthiana. Uma simples vitória, colocaria fim ao tabu chamado Libertadores. O jogo começou feio, com os dois times nervosos e com poucas chances ofensivas. Mas, na metade do primeiro tempo o Timão já mostrava por que que como diz a Fiel, no Pacaembu a história é diferente por que "Aqui é Corinthians!" e passou a controlar a partida. O Boca Junior, com fama de copeiro e de ser um adversário difícil longe da Bombonera, se mostrou nervoso e não rendeu o que se esperava de sua tradição.
Com esse cenário, o gol corinthiano era questão de tempo e na segunda etapa da partida, ele chegou. Emerson Sheik, mostrou que tem estrela e em um lance de puro oportunismo, aproveitou o passe genial de Danilo para sacudir o barbante do gol argentino e explodir o Pacaembu. Corinthians 1 a 0. Seria o gol do título, não um gol de placa, mas como diz o patrocinador do time, um gol de muro, mas não foi. Isso por que algum tempo depois, em outro lance de oportunismo de Sheik, o atacante aproveitou a bobeada do zagueiro argentino, roubou a bola, partiu em velocidade rumo a meta xeneize e mais uma vez balançou a rede adversária, fazendo agora sim o gol histórico e por isso de muro e dando números finais a Libertadores de 2012, uma competição histórica, onde além de ser campeão pela primeira vez, o Corinthians foi também campeão invicto.
Por isso Nação Corinthiana solte o grito da garganta e comemore muito, afinal não é todo dia que se conquista a América, ainda mais de maneira invicta. Agora chegou sua vez. A Libertadores chegou e que venha o Mundial.
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