Era uma vez, um clube multiesportivo chamado Sport Clube Corinthians Paulista, é um clube localizado em São Paulo, Brasil. O time fundado primeiramente foi em 1º de setembro de 1910, por um operários de baixa renda no Bom Retiro. O seu nome foi inspirado em Corinthian FC de Londres, que excursionava pelo Brasil, sendo chamado pela imprensa brasileira da época de "Corinthian's team. Foi o primeiro clube de futebol paulista a dar oportunidades para jogadores com menos condições financeiras e o segundo no país a aceitar atletas negros.
O clube conta com vários esportes em seu enorme clube, mas é conhecido mundialmente pelo futebol. Com as conquistas de 26 Campeonatos Paulistas e 5 Campeonatos Brasileiros; 3 Copa do Brasil, 5 Torneios Rio-São Paulo, uma Copa Santander Libertadores da América e um Mundial de Clubes da FIFA (como o Mundial foi no Brasil, se classificou como Campeão Brasileiro).
O Corinthians costuma atuar como mandante no Estádio Municipal do Pacaembu. Seus rivais históricos são o Palmeiras, com quem disputa o Derby Paulista, o São Paulo, com quem disputa o Majestoso e o Santos, com quem disputa o Clássico Alvinegro. Sua torcida é conhecida como "Fiel"[12] e seus torcedores são estimados em mais de 30 milhões espalhados por todo Mundo, sendo a segunda maior torcida do Brasil.[13][14][15]
É considerado pela sua torcida como um dos importantes times do mundo do futebol[16][17][18]. Um estudo realizado em 2012 aponta o clube do Parque São Jorge como um dos mais valiosos do futebol brasileiro, sendo o primeiro clube nacional a ultrapassar a marca de R$ 1 bilhão[19][20]. Este estudo da BDO teve repercussão internacional, através da revista norte-americana Forbes[21].
Em que pese o futebol ter sido desde sempre a prioridade do clube, o Corinthians abriu espaço para outras modalidades esportivas ao longo da sua história.[22] A implantação do remo, em 1933, modificou o escudo da agremiação, com o acréscimo do par de remos e a âncora como aparecem até os dias de hoje.[23] Mas o principal destaque veio do basquete, onde o clube desfrutou de relativo sucesso, especialmente durante as décadas de 1950 e 1960, com a conquista de títulos paulistas, brasileiros e até sul-americanos, além de um vice-campeonato mundial em 1966.[24] O futsal é outro esporte que rendeu conquistas ao clube, a partir da década de 1970, entre torneios estaduais enacionais.
História
Fundação (1910-1912)
Em 1° de setembro de 1910, um grupo de cinco operários (Joaquim Ambrósio, Antônio Pereira, Rafael Perrone, Anselmo Correa e Carlos Silva), do bairro paulistano do Bom Retiro, sob a luz de um lampião, às oito e meia da noite, decidiram criar um novo time de futebol. além de mais oito pessoas que contribuíram com 20 mil réis e também foram considerados sócio-fundadores.[25] A idéia surgiu depois de assistirem à atuação do Corinthian FC,[26][27] equipeinglesa de futebol, fundada em 1882, que excursionava pelo Brasil, os ingleses eram chamados pela imprensa de "Corinthian's Team". Mas o time brasileiro só seria batizado "Sport Club Corinthians Paulista" depois de muita discussão e algumas reuniões na casa de outro integrante do grupo de amigos, O presidente escolhido por eles foi o alfaiate Miguel Battaglia, que já no primeiro momento afirmou: "o Corinthians vai ser o time do povo e o povo é quem vai fazer o time". Da primeira coleta à compra da primeira bola de futebol do clube pouco tempo passou. Na verdade, apenas uma semana. Um terreno alugado na Rua José Paulino foi aplainado e virou campo e foi lá que, já no dia 14 de setembro, o primeiro treino foi realizado diante de uma platéia entusiasmada que garantiu: "este veio para ficar". De partida em partida o time foi se tornando famoso, mas era ainda um time de várzea.[28]
Liga Paulista de Foot-Ball (LPF) (1913-1940)
Em 1913, uma dissidência entre três clubes que disputavam o Campeonato Paulista abriu a oportunidade para clubes de origem popular, conhecidos à época como "varzeanos", disputassem a competição organizada pela LPF. Após vencer o Minas Gerais, representante do bairro do Brás, e o FC São Paulo, do bairro do Bixiga, o Corinthians ganhou o direito de disputar pela primeira vez o campeonato da LPF.
Sua estréia no Campeonato Paulista foi contra o Germânia, no dia 20 de abril de 1913, em duelo que terminou com vitória adversária, pelo placar de 3 a 1. Nos quatro jogos seguintes, foram três derrotas (para Internacional, Americano e Santos) e um empate (Ypiranga). A primeira vitória corintiana viria no dia 7 de setembro, um 2 a 0 contra o Germânia. Nas três partidas seguintes, mais três empates (com Internacional, Ypiranga e Americano). No final do Paulista de 1913, o Corinthians terminou na quarta colocação, com seis pontos ganhos (uma vitória, quatro empates e três derrotas, oito gols a favor e 16 contra).[29][nota 1] De positivo, o time revelaria dois futuros ídolos: Neco e Amílcar.
A temporada seguinte seria marcante para a história corintiana. Com apenas quatro anos de existência, o time conquistou seu primeiro título paulista, pelo Campeonato Paulista de 1914, organizado pela (LPF). O Corinthians sagrou-se campeão de forma invicta, com 10 vitórias em 10 partidas, 37 gols marcados e 9 gols tomados.[30][nota 2] Com 12 gols, Neco foi o artilheiro da competição.[31][32] A equipe que conquistou o primeiro título da história corintiana era formada por: Sebastião, Fúlvio, Casimiro II, Police, Bianco, César, Américo, Peres, Amílcar, Aparício, Neco, entre outros. Ainda naquele ano, o Corinthians realizou sua primeira partida contra uma equipe estrangeira, o Torino. Os italianos venceram por 3 a 0.[33]
Nas décadas de 1920 e 1930, o Corinthians firmou-se como uma das equipes mais importantes de São Paulo, rivalizando com o Clube Atlético Paulistano e a Societá Sportiva Palestra Itália (futuro SE Palmeiras). No período, o clube arrematou nove títulos paulistas - sendo três tricampeonatos, feito jamais alcançado por outro clube paulista. Além de Neco, que jogou no clube até 1930, Rato,[34] Del Debbio[35] Tuffy,[36] Grané,[37] Teleco,[38][39] Brandão,[40] e Servílio de Jesus[41] despontaram como grandes ídolos do clube no período.
Tempos de jejum (1941-1950)
Em 1941, o Corinthians novamente conquistou o Campeonato Paulista. O título só não foi de maneira invicta por conta de uma derrota, na última rodada, contra o Palestra Itália. O time era ótimo, e a linha média Jango, Brandão e Dino, impecável. A festa do título corintiano foi realizada no recém-inaugurado estádio do Pacaembu.
Contudo, nos nove anos seguintes, o Corinthians viveu um jejum de títulos paulistas. Sem conquistas estaduais, o clube do Parque São Jorge consolou-se em levar por quatro vezes a Taça São Paulo (em 1942, 1943, 1947 e 1948) - torneio que reunia os três primeiros colocados do ano anterior. Sem ter a disposição seu poderio técnico dos últimos cinco anos, o Corinthians foi vice-campeão paulista cinco vezes, sendo três delas seguidas, entre 1942 e 1950, numa época de ascensão do São Paulo, liderado pelo atacante Leônidas da Silva, como nova força no futebol paulista.
Mesmo com a contratação de nomes de peso no futebol nacional, como a do zagueiro Domingos da Guia, aos 32 anos, em 1944, ou dos atacantes Milani e Hércules em anos seguintes, o Corinthians amargaria quase uma década sem conquistas importantes. A situação só começaria a mudar a partir de 1949, quando uma nova geração de pratas-da-casa foi conduzida pelo técnico Rato (o mesmo Rato campeão como jogador na década de 1920) ao time principal. Os frutos seriam colhidos na primeira metade da década seguinte.
Era de Ouro (1951-1960)
Após um período sem grandes êxitos futebolísticos, o clube renovou sua equipe para a década de 1950. Jovens formados nas "categorias de base" do Corinthians, como Luizinho,[42][43] Cabeção, Roberto Belangero e Idário[44], juntaram-se a jogadores comoBaltazar,[45][46]Cláudio[47][48] e Gilmar,[49][50] que formaram um dos melhores times da história corintiana.[51] Essa equipe foi campeão do Campeonato Paulista (1951 e 1952), do Torneio Rio-São Paulo (1950, 1952 e 1953) e da Pequena Taça do Mundo de 1953, primeiro título internacional do clube.[52]
Em 1954, o Campeonato Paulista daquela temporada despertou grande interesse em todos os clubes e torcedores, porque comemorava o "IV Centenário da Fundação" da cidade de São Paulo. Para época, era considerado o título paulista mais importante da história.[51] Um empate contra o Palmeiras garantiu a conquita de um dos títulos mais importantes da história alvinegra, que coroou a geração vitoriosa dos anos cinquenta.[53] A década de 1950 marcou ainda internacionalmente o clube. Entre 1951 e 1959, o Corinthians disputou 64 partidas contra equipes estrangeiras, com 47 vitórias, dez empates e apenas sete derrotas. Ficou invicto por 32 jogos, de 1952 e 1954.[54]
No final da década de 1950, assumiu a presidência do clube por voto direto dos associados Vicente Matheus, que comandou o Corinthians durante oito mandatos.[55]
Um incômodo jejum e os anos Rivellino (1961-1975)
No Campeonato Paulista de 1961, o time fez uma campanha tão pífia que foi apelidado por torcedores rivais de "Faz-Me-Rir".[56] O clube apostou na contratação de craques que chegavam ao Parque São Jorge como "salvadores da pátria", mas que acabaram não vingando no time - como Almir Pernambuqinho em 1960[57] e Mané Garrincha em 1966.[58] Mas aquela década também marcava o surgimento de Roberto Rivellino, "O Reizinho do parque",[59][60] considerado o maior jogador da história corintiana, embora nunca tenha vencido um grande título para time[61] (com exceção do Torneio Rio-São Paulo de 1966).
Em 1966, na tentativa de acabar com o "jejum" de títulos no Campeonato Paulista, a diretoria corintiana contratou o zagueiro Ditão e o volante Nair, que vieram da Associação Portuguesa de Desportos, além do atacante Garrincha, que chegou ao Parque São Jorge com 32 anos de idade. Na época, a verba destinada ao departamento de futebol foi recorde e o jornal "A Gazeta Esportiva" passou a tratar o time como o "Timão do Corinthians", e assim nasceu o apelido que acompanha o clube até hoje.[58] Ainda no final da década, o Corinthians venceria o Santos], após quase 11 anos sem vitórias sobre a equipe de Pelé em edições do Campeonato Paulista.[62] Paulo Borges e Flavio fizeram os gols desssa vitória corintiana.[63]
Em 1970, depois de uma conturbada negociação com a Portuguesa, o Corinthians contratou o lateral Zé Maria.[64][65] O jogador havia sido campeão mundial com o Seleção Brasileira de Futebol naCopa do Mundo de 1970, no México, na reserva de Carlos Alberto Torres. Para sair da fila, a diretoria corintiana trouxe nos anos seguintes nomes como Vaguinho (em 1971)[66] e Geraldão,[67] além de promover jogadores da base como Wladimir.[68][69] Além da interminável fila de grandes conquistas, o Corinthians também não conseguia chegar, com frequência, às finais de grandes torneios. Ficou de 1957 a 1974 sem decidir o Campeonato Paulista. Em 1974, havia grande esperança de se quebrar o jejum na final estadual contra o Palmeiras. Mas o rival acabou vencendo os corintianos, que precipitou a saída de Rivellino para o Fluminense.[61]
A "Invasão corintiana" e o fim da angústia em 1977 (1976-1980)
Corinthians e Rivellino acabariam encontrando-se na semifinal do Campeonato Brasileiro de 1976, contra o Fluminense, em 5 de dezembro, naquela que é uma das partidas das mais marcantes da história corintiana. Dezenas de milhares de torcedores alvinegros viajaram para o Rio de Janeiro para assistir o duelo no Estádio do Maracanã, que acabou dividido entre os corintianos e fluminenses. Aquele momento acabou conhecido como "A invasão corintiana ao Maracanã".[70] A consagração daquele dia célebre para os corintianos veio como a vitória sobre o clube carioca nos pênaltis, após empate de 1 a 1 no tempo regulamentar. Na decisão do Brasileiro, o Internacional derrotou o Corinthians em Porto Alegre.
No começo de 1977, o presidente corintiano Vicente Matheus trouxe Palhinha, do Cruzeiro, por uma quantia recorde para a época: 7 milhões de cruzeiros.[71] O jogador tornaria-se um dos ídolos da "Fiel" naquele período.[72] Menos de um ano depois de "invadir" o Maracanã, o Corinthians viveria uma de suas noites mais inesquecíveis em 13 de outubro, com a conquista do Campeonato Paulista, que se tornou um dos títulos mais importantes da história corintiana, pois representava o fim de quase 23 anos sem ganhar competições oficiais. Na última de três partidas, contra a Associação Atlética Ponte Preta, o título veio com o gol de Basílio, no segundo tempo.[71][73]
Para 1978, a diretoria do clube contratou Sócrates, que pertencia ao Botafogo de Ribeirão Preto, que acabaria por ser considerado um dos maiores craques da história do time.[74][75] Outro que chegava naquele ano ao clube e seria ídolo no Timão era Biro-Biro.[76][77] Em 1979, o Corinthians voltaria a vencer o Campeonato Paulista contra a mesma Ponte Preta.[78]
A Democracia Corintiana
No início de 1981, o presidente Vicente Matheus foi buscar pessoalmente na Arábia Saudita o meio-campo Zenon, que havia se destacado no Guarani Futebol Clube em temporadas anteriores e assumiria a camisa 10 do Corinthians, no lugar de Palhinha.[79] Mas após não conseguir um bom desempenho no Campeonato Paulista daquele ano - que era classificatório para o Campeonato Brasileiro do ano seguinte -, o clube teve de jogar a Taça de Prata, espécie de "segunda divisão" do Campeonato Brasileiro, em 1982[80]
Os resultados ruins em campo levaram a mudanças na diretoria, com a saída de Vicente Matheus, e os jogadores passaram a ter papel ativo nas decisões do clube. Tudo era resolvido pelo voto, das contratações ao local de concentração.[74] O período ficou marcado como a "Democracia corintiana".[81] As mudanças surtiram efeito. Em 1982, quando liderados pelos ídolos Sócrates, Wladimir, Casagrande,[82] Biro-Biro e Zenon, o clube conquistou o Campeonato Paulista em cima do São Paulo, que tentava o tricampeonato na competição.[74] No ano seguinte, o Corinthians repetiria a final contra o rival e uma vez mais conquistaria o torneio.[83] Ainda naquele ano, o Corinthians havia aplicado a maior goleada da história do Campeonato Brasileiro, um acachapante 10 a 1 sobre o Tiradentes, do Piauí - com 4 gols de Sócrates.
No ano seguinte, a equipe corintiana não conseguiu o seu quarto tricampeonato paulista, tendo perdido o título para o Santos. Já pelo Campeonato Brasileiro, o time do Parque São Jorge fez sua melhor campanha desde o vice-campeonato da edição de 1976e chegou à semifinal. O plantel alvinegro foi eliminado pelo Fluminense, mas a campanha é também lembrada pela goleada por 4 a 1 sobre o Flamengo de Zico e companhia. Em 1985, já sem Socrátes em seu plantel[84] e com o fim da Democracia Corintiana, a nova diretoria corintiana apostou na consolidação de uma grande equipe, com as contratações de De León, que deixou o Grêmio como o jogador mais caro do futebol brasileiro até então, Serginho Chulapa e Dunga, que se somavam a reforços do ano anterior, como Carlos, Édson e Juninho, contratados da Ponte Preta, quanto aos bem-estabelecidos Wladimir, Biro-Biro, Zenon e Casagrande.[85] O grande time, porém, só ficou no "papel": no Campeonato Brasileiro, o Timão foi eliminado antes das semifinais, e no Campeonato Paulista, a equipe ficou apenas em quinto lugar.[85]
Aposta na base e primeiro título brasileiro (1986-1992)
Nos anos seguintes, o clube renovou-se com um elenco com jogadores como o volante Wilson Mano,[86] e o zagueiro Marcelo,[87] além de apostar em jogadores formados nas categorias de base corintiana, como o goleiro Ronaldo,[88] o volante Márcio Bittencourt e o atacante Viola, o Corinthians voltaria a conquistar do Campeonato Paulista.[89]
Em 1990, o Corinthians conquistaria um dos títulos mais importantes de sua história. Com uma equipe dirigida pelo técnico Nelsinho e liderada em campo por Neto - que se consagraria como grande ídolo corintiano - o clube faturou seu primeiro Campeonato Brasileiro, vencendo na decisão o São Paulo.[90][91][90][90]
No final de 1991, Vicente Mateus deixava a presidência corintiana. Sua esposa, Marlene Matheus, assumiu o clube e ficaria no cargo até 1993.
Era Dualib, o período das parcerias (1993-2006)
Em 1993, em nova eleição o presidente eleito seria Alberto Dualib, e o clube conquistaria nos anos seguintes o Campeonato Paulista de 1995 e o seu primeiro título na Copa do Brasil e de forma invicta.[92] O meia-atacante Marcelinho Cariocafoi um dos grandes destaques dessas conquistas e despontaria a partir dali como grande ídolo do clube.
A Era Dualib foi marcada por parcerias com grupos privados: Banco Excel (1997), Hicks, Muse, Tate & Furst Incorporated (de 1999 a 2001) e MSI (de 2005 a 2007), que levaram muitos recursos financeiros ao clube, conquistas e polêmicas.[93][94] Entre grandes nomes que defenderam o clube, destacam-se Gamarra, Rincón, Vampeta, Edílson, Ricardinho, Kléber, Dida (era Hicks Muse), e Carlitos Tevez, Mascherano e Nilmar (era MSI).
Já em relação a títulos, o clube conquistou mais três Campeonatos Brasileiro (1998, 1999 e 2005), quatro Campeonatos Paulistas (1997, 1999, 2001 e 2003), uma Copa do Brasil (2002), além do inédito Mundial de Clubes de 2000 - o primeiro organizado pela FIFA.
Fim das parcerias, o rebaixamento e a volta por cima (2007-2011)
Em 2007, a MSI deixou o clube, juntamente com seus principais jogadores - Tevez, Mascherano, Roger e Gustavo Nery. Pressionado, o presidente Alberto Dualib também deixou o cargo, que ocupava havia mais de uma década.[98] Ainda naquele ano seriam realizadas eleições para a escolha de um novo presidente, tendo sido eleito Andrés Sanchez, considerado um "ex-aliado" de Dualib por ter deixado o cargo que ocupava naquela administração e se tornado um opositor tanto do então presidente quanto de Joorabchian.[99] Com a saída do MSI, iniciou-se um período de instabilidade tido como "a pior crise" da história do time, que culminou no rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro.[100][101]Para a temporada 2008, o clube investiu em rentáveis projetos de marketing, reformulou a equipe de futebol e contratou o técnico Mano Menezes.[102]. A equipe foi vice-campeão da Copa do Brasil[103][104] e faturou o Campeonato Brasileiro da Série B, que lhe garantiu a volta para a divisão principal do futebol do país.[105] No final daquele ano, a diretoria corintiana acertou a contratação de Ronaldo Fenômeno.
Em 2009, o clube fez um grande primeiro semestre. Embalado por boas atuações de Ronaldo e de jogadores da base que havia disputado a Série B em 2008 - como Dentinho -, o Corinthians sagrou-se campeão paulista invicto e da Copa do Brasil. Na temporada seguinte, quando o clube comemoraria seu centário, o Corinthians reforçou-se com Roberto Carlos[106] para a disputa da Taça Libertadores. No entanto, o clube foi eliminado nas oitavas-de-final para o Flamengo. Mano Menezes foi convidado para dirigir a seleção brasileira e deixou o comando do time. O clube, que terminou a temporada dirigido por Tite, disputou a liderança do Brasileiro com o Fluminense, mas acabou na terceira colocação. Ainda naquele ano, foi anunciado a construção do seu novo estádio, no bairro de Itaquera.
Em 2011, a equipe foi eliminada logo na primeira fase da Copa Libertadores da América, diante da equipe colombiana Deportes Tolima. Após um vice-campeonato no Campeonato Paulista, o Corinthians conquistou o seu quinto título nacional no Campeonato Brasileiro de 2011, no mesmo dia em que Sócrates, um dos maiores ídolos da história do clube, havia falecido.[107]
A conquista da América - presente
Mantendo o elenco-base pentacampeão nacional, o Corinthians iniciou a temporada disputando o Campeonato Paulista e a Libertadores. Pelo torneio estadual, o clube alvinegro fez a melhor campanha na primeira fase da competição, mas acabou eliminado na primeira partida dos mata-matas pela Ponte Preta. Já na competição sul-americana, a história foi diferente para o alvinegro do Parque São Jorge, que conquistou pela primeira vez o cobiçado torneio, batendo adversários como Cruz Azul, Vasco da Gama,Santos e, na final, Boca Juniors, e se sagrando campeão em grande estilo, de forma invicta.[108][109]
Cores e símbolos
Uniforme
Oficialmente, a primeira camisa do Corinthians teria a cor bege, em homenagem ao time inglês homônimo. A camisa de 1910 tinha detalhes em preto nas mangas, barra e gola. Os calções eram brancos e feitos com sacos de farinha.[110] Entretanto, para ojornalista Celso Unzelte, pesquisador da história do time, seria muito improvável que o clube, na época pobre e humilde, tivesse recursos financeiros para comprar uniformes que não fossem brancos, e mesmo a fotografia mais antiga do time, do Campeonato Paulista de 1913, mostra os os jogadores vestindo camisas e calções brancos.[111]
Incontroverso é o fato de que, a partir de 1920, o Corinthians passou a jogar com camisa branca e calção preto, quando a diretoria conseguiu dinheiro para comprá-los. Desde então, tornaram-se o uniforme oficial.[110][112] A partir deste modelo, encontra-se registro das primeiras versões alternativas do uniforme, registradas em partidas específicas.[110] Somente em 22 de dezembro de 1946 que os atletlas do clube entrariam em campo com camisas numeradas, em um amistoso contra o Club Atlético River Plate, no Estádio do Pacaembu.[113] Em 1949, o clube usou uma camisa grená em um amistoso contra a Portuguesa de Desportos, como uma forma de prestar homenagem ao elenco do Torino Football Club da Itália, que foi vitimado em um acidente de avião contra a Basílica de Superga, em Turim.[110][114]
No final de Agosto de 2010, o Corinthians lançou no Parque São Jorge a camisa em comemoração ao centenário do clube, que foi utilizada como uniforme titular nas partidas em casa até o final do Campeonato Brasileiro daquele ano. A camisa remete ao primeiro uniforme utilizado pelo Corinthians em 1910, com a cor bege e no escudo as lestras "CP", fazendo referencia ao primeiro escudo utilizado pelo clube.[115]
Uniforme dos jogadores
- Uniforme Titular (2012): Camisa branca, calção preto e meias brancas;
- Uniforme Alternativo (2012): Camisa preta, calção branco e meias pretas.
- 3º Uniforme (2012): Camisa cinza, calção cinza e meias cinzas.
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Uniformes dos goleiros
- Camisa amarela, calções e meias amarelas.
- Camisa cinza, calções e meias cinzas.
- Camisa azul, calções e meias azuis.
- Camisa preta, calções e meias pretas.
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Uniformes de treino
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Escudo
Ao contrário da camisa, o escudo do Corinthians passou por várias alterações ao longo dos anos. Enquanto o Corinthians disputava apenas amistosos e torneios de futebol de várzea, a camisa não tinha distintivo. O primeiro foi criado às pressas para o jogo contra o Minas Gerais, válido pela eliminatória para a Liga Paulista de Foot-Ball de 1913, e levava apenas as letras "C" e "P" (de Corinthians e Paulista) enlaçadas.[116] Esse escudo seria usado até o ano seguinte, quando Hermógenes Barbuy, litógrafo e irmão do jogador Amilcar, criou o primeiro escudo oficial, elaborando uma moldura para as letras e acrescentou o "S" (de Sport), que estreou no amistoso contra o Torino (Itália), em São Paulo.[117]
Pouco tempo depois, a moldura fica maior e, a partir de 1919, o distintivo começava a ganhar o formato atual, com a bandeira do Estado de São Paulo ao centro. Em 1937, o presidente Getúlio Vargas baixou o Estado Novo e fez uma cerimônia pública com a queima das bandeiras de todos os Estados da federação, pois queria governo forte e centralizado. A bandeira paulista só sobreviveu dentro do escudo do Corinthians. Após a queda do regime, uso de símbolos regionais foi liberado.[116]Em 1939, o escudo ganhou uma corda que rodeia o círculo, mais os dois remos e a âncora, em alusão ao sucesso do clube nos esportes náuticos. O desenho foi criado pelo pintor modernista Francisco Rebolo, que foi jogador do segundo quadro do Corinthians na década de 1920. Depois disso, o símbolo corintiano passou por pequenas alterações ao longo do tempo, como na bandeira e na moldura.[116]
Em 1990, foi adicionada a primeira estrela em referência ao primeiro título brasileiro. O mesmo foi feito com as conquistas de 1998, 1999 e 2005, além de uma estrela maior e que fica acima das demais, em homenagem à conquista do Mundial da FIFA de 2000. Em 2011 a diretoria do Corinthians resolveu remover todas as estrelas do distintivo do clube.[118] Abaixo, a evolução dos escudos, de 1910 a 1919.
Evolução do Escudo do Sport Club Corinthians Paulista | |||||||
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1913 | 1914 | 1914-1916 | 1916 | 1916-1919 | 1919-1939 | 1939-1979 | 1979-Presente |
O mosqueteiro e São Jorge
O Corinthians adotou o "mosqueteiro" como seu mascote. Há duas versões sobre a origem do mascote corintiano.[116][119] A primeira seria por conta do clube ter pleiteado uma vaga na Liga Paulista de Futebol em 1913, da qual apenas participavamAmericano, Germânia e Internacional - como os personagens Athos, Porthos e Aramis, do romance "Os Três Mosqueteiros", escrito pelo francês Alexandre Dumas, em 1844.[116] Como havia outros pretendentes à vaga, o Corinthians teve de disputar uma seletiva contra o Minas Gerais (do Brás) e o FC São Paulo (do Bixiga), outros dois grandes da várzea paulistana. Após ter vencido as duas equipes, o Corinthians garantiu o direito de disputar a Divisão Especial da Liga, ganhando da imprensa o apelido deD'Artagnan, o quarto mosqueteiro.[116][119]
Uma segunda versão para a utilização do "mosqueteiro" como mascote corintiano surgiu em 1929, quando o Corinthians venceu o Barracas (Argentina), por 3 a 1.[119] Foi a primeira vitória do clube paulista em partidas internacionais e que ganhou destaque nas páginas do jornal "A Gazeta", com o título dado pelo jornalista Thomaz Mazzoni: "O Corinthians venceu com "fibra de mosqueteiro"". Esta versão é adotada oficialmente pelo clube e pelos historiadores, como Celso Unzelte.[116]
Além do mascote, o Corinthians tem bastante apego a São Jorge. Depois de comprar o campo do Parque São Jorge, em 1926, o Corinthians adotou o santo como seu padroeiro. O clube construiu uma capela em homenagem a São Jorge dentro de sua sede social.[120]
Oração de São Jorge
Eu andarei vestido e armado, com as armas de São Jorge.
Para que meus inimigos tendo pés não me alcancem,
tendo mãos não me peguem,
tendo olhos não me enxerguem,
nem pensamentos eles possam ter para me fazerem mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão,
facas e lanças se quebrem sem ao meu corpo chegar,
cordas e correntes se quebrem sem ao meu corpo, amarrar.
Eu andarei vestido e armado, com as armas de São Jorge.
Para que meus inimigos tendo pés não me alcancem,
tendo mãos não me peguem,
tendo olhos não me enxerguem,
nem pensamentos eles possam ter para me fazerem mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão,
facas e lanças se quebrem sem ao meu corpo chegar,
cordas e correntes se quebrem sem ao meu corpo, amarrar.
Patrocinadores
A partir da década de 1980, a publicidade estava liberada nas camisas de futebol, mas o Corinthians não conseguia encontrar patrocinadores. Era o período da Democracia Corintiana, e a camisa estampou nas costas a frase "Dia 15, vote!", embalado pelas eleições diretas para governador em 1982.[110] Naquele mesmo ano, a empresa de material esportivo Topper exibia o seu logo no lado direito da camisa e, na final do Campeonato Paulista, contra o São Paulo, exibiu nas costas - como exigia a legislação da época - o patrocínio da Bombril. Em 1983, a Cofap foi a primeira marca a ocupar também a frente da camisa, a partir do Campeonato Paulista. Em 1984, para renovar o contrato do ídolo Sócrates, o clube contou com ajuda de uma empresa Corona, que assim conseguiu mantê-lo, mas, em troca, pintou um chuveiro na parte frontal da camisa.[110] A partir de 1985, passou a ser patrocinado pela Kalunga, em acordo que perdurou até 1994. Desde então, o clube mudou de patrocínio constantemente. Na era Ronaldo, o clube manteve um contrato com o "Grupo Hypermarcas", além de ter vendido outros espaços da camisa para outras empresas.
O Corinthians teve a Bombril, Iveco, Marabraz para os jogos da final da Copa Santander Libertadores de 2012. Fisk e TIM, que são patrocinadores desde a última temporada 2011, seguem ocupando seus espaços normalmente.[121]
Estrutura
Estádios
Pacaembu Estádio Paulo Machado de Carvalho | |
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Entrada principal do estádio | |
Nomes | |
Nome | Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho |
Características | |
Local | Pacaembu, São Paulo, SP Brasil |
Gramado | Natural (105m x 68m) |
Capacidade | 40.199 pessoas[3] |
Construção | |
Data | 17 de setembro de 1938 a1940 |
Inauguração | |
Data | 27 de abril de 1940 |
Recordes | |
Público recorde | 71.280 pessoas - recorde oficial |
Outras informações | |
Proprietário | Prefeitura de São Paulo |
Administrador | Secretaria Municipal de Esportes |
Arquiteto | Escritório Técnico Ramos de Azevedo - Severo e Villares[122] |
O primeiro campo do Corinthians ficava no bairro do Bom Retiro, onde o clube foi fundado, em 1910. Mais precisamente na antiga Rua dos Imigrantes, atual Rua José Paulino. Não era, na verdade, um estádio, mas um terreno baldio que pertencia a um vendedor de lenha.[123] Foi apelido de "Campo do Lenheiro".[124] Era a época da várzea e os próprios jogadores tinham de limpar e aplanar o gramado.[123] Em janeiro de 1918, o Corinthians inaugurou seu primeiro estádio, na Ponte Grande (atual Ponte das Bandeiras), às margens do Rio Tietê.[123] O terreno foi arrendado da prefeitura por influência do intelectual Antônio de Alcântara Machado, um dos primeiros a se aproximar do clube dos operários. Ficava ao lado do Campo da Floresta, da AA das Palmeiras (o maior da cidade até então) e fora construído pelos próprios jogadores e torcedores, em sistema de mutirão.[123] O Corinthians permaneceu mandando seus jogos ali até 1927. Lá fez 108 jogos, com 83 vitórias, 43 empates e 12 derrotas. Fez 391 gols e levou 111 gols.[125]
Em 1926, o clube comprou o campo do Parque São Jorge, localizado dentro no Tatuapé. O Parque São Jorge pertencia ao Sírio, um rival nas disputas futebolísticas da época. Após a compra, o então presidente corintiano Ernesto Cassano resolveu reformar o estádio, com ajuda financeira dos sócios.[120] Enquanto eram realizadas as reformas, o Corinthians seguia mandando suas partidas no campo da Ponte Grande. Assim que cessaram as reformas no Parque São Jorge, em1928, o campo da Ponte Grande foi doado ao São Bento.[120] O reformado Parque São Jorge, ainda sem ter iluminação, foi inaugurado em 22 de julho, em um amistoso contra o América carioca.[36] O terreno original comprado junto ao Sírio incluía uma fazenda - daí o apelido de "Fazendinha", utilizado até hoje. Foi a partir deste local que o Corinthians começou a se desenvolver e pôde construir até sua sede social.[120]
No Estádio Alfredo Schürig, nome oficial da "Fazendinha", o clube jogou somente em 468 oportunidades, com 346 vitórias, 60 empates e 62 derrotas. Foram 1.312 gols marcados pelo Timão e 480 sofridos. A última partida disputada lá foi um amistoso contra Brasiliense, em 3 de agosto de 2002.[125] Atualmente, o Parque São Jorge é usado para treinamentos e jogos de categorias menores. A diretoria tem a ideia de reformá-lo, mas os planos não saem nunca do papel.[120]
Com o crescimento do número de torcedores, o Corinthians passou a atuar em estádios maiores, e em especial, o clube consolidou uma relação com o Estádio Paulo Machado de Carvalho, que pertence ao município de São Paulo e é mais conhecido como Estádio do Pacaembu.[126] Cerca de 50 mil torcedores estiveram presentes na inauguração do estádio em 28 de abril de 1940. A preliminar foi disputada entre Palestra Itália e Coritiba. Em seguida, o jogo de fundo entre Corinthians, então atual tricampeão paulista, e Atlético Mineiro, vencida pelos corintianos por 4 a 2.[126]
O Pacaembu foi inaugurado como o maior estádio da América Latina, com capacidade para 70 mil pessoas.[126] Em 1942, pouco mais de 70 mil pessoas foram ao estádio para assistir à partida entre Corinthians e São Paulo, em especial pelo atacante Leônidas da Silva, ídolo são-paulino e considerado o melhor jogador brasileiro em sua época.[127] O jogo acabou empatado em 3 a 3 e o público daquele jogo jamais foi batido no estádio. Atualmente, o Pacaembu tem capacidade para receber até 40 mil espectadores.[128]
Arena em Itaquera
Desde que se considera o Parque São Jorge como uma casa aquém para a grande torcida do Corinthians, sempre houve muitos projetos,[129] mas nunca foram levados à frente.[130]. Em 27 de agosto de 2010 foi anunciada a construção de um novo estádio pela construtora Odebrecht com capacidade prevista de 48.000 pessoas e um valor estimado de R$ 350 milhões.[131] Ainda no mês de agosto de 2010, a CBF e o Governo de São Paulo anunciaram o estádio como a sede paulista para a Copa do Mundo de 2014 e possível palco da abertura do mesmo.[132] Porém, para que possa ser sede da abertura, a capacidade do estádio deve ser ampliada para cerca de 68.000 assentos, já que esta é a capacidade mínima para a abertura de uma Copa do Mundo, conforme exigência da FIFA.[133] No dia 30 de Maio de 2011, começaram as obras do estádio, em Itaquera; atualmente o Estádio já conta com as arquibancadas do lado leste concluídas e com as outras áreas avançadas. Embora o ex-presidente Andrés Sanchez tenha afirmado que o estádio estará pronto em Setembro de 2013,[134] a construtora mantém como prazo de entrega a data de Dezembro de 2013.
CT Joaquim Grava
O CT Joaquim Grava é um espaço para realizar treinamentos da Equipe profissional, posteriormente este espaço irá abrigar também as categorias de base do Clube.
Inaugurado em setembro de 2010 na gestão do Presidente Andrés Sanches o Centro de Treinamento foi o principal foco do então Presidente para melhorar a estrutura do Clube. O espaço leva o nome do principal idealizador do projeto, o médico Joaquim Grava. É considerado pela imprensa esportiva como um dos Centro de Treinamentos mais modernos do Mundo.[135]
Torcida
A torcida do Corinthians é chamada carinhosamente de "Fiel". Um dos momentos mais marcantes protagonizados por seus torcedores ocorreu em 1976, na semifinal do Campeonato Brasileiro daquele ano, quando dezenas de milhares de corintianos foram ao Rio de Janeiro para assistir ao jogo no Estádio do Maracanã. O acontecimento ficou registrado na história como a "Invasão Corintiana".[136] Este também foi o maior público registrado em uma partida envolvendo o alvinegro no maior estádio do Brasil.[137]
O maior público do Estádio do Morumbi foi registrado em uma partida do Corinthians. Foi no dia 13 de outubro [138] de 1977, onde pouco mais de 146 mil pessoas assistiram ao jogo entre Corinthians e Ponte Preta, a segunda partida das finais do Campeonato Paulista daquele ano.[139] Pelo Campeonato Brasileiro, o maior público no estádio também é corintiano e a marca foi estabelecida em 6 de maio de 1984, no duelo entre Corinthians e Flamengo, válido pelas quartas-de-final da competição.[140] No Pacaembu, o Corinthians reina soberano com nove dos dez maiores públicos da história do estádio.[141] O recorde de público no Pacaembu foi o clássico entre Corinthians e São Paulo, em 1942, que teve mais de 70 mil espectadores.[127]
De acordo com uma série de Institutos de pesquisas, como Ibope e Datafolha, além da Revista Placar, o Timão possui a segunda maior torcida do Brasil com cerca de 25 milhões de torcedores espalhados pelo país - somente atrás nacionalmente do carioca Flamengo[13][14] Quase 15 milhões de seus torcedores estão concentrados no Estado de São Paulo, onde o time do Parque São Jorge supera o número de torcedores somados de São Paulo e Palmeiras - os seus dois maiores rivais.[142] Outros 10 milhões de "fieis" estão espalhados pelo resto do Brasil. Os corintianos lideram na região Sudeste do Brasil.[143] Em Minas Gerais, o "Timão" tem mais de um milhão de torcedores e é a quarta maior torcida nesse Estado - atrás somente de Cruzeiro, Atlético-MG e Flamengo.[11] No Sul do país, os corintianos só ficam atrás das torcidas de Grêmio e Internacional.[144] Só no Paraná, estado no qual o Corinthians é o time mais popular, são mais de 1,8 milhões de alvinegros.[145][146]
Fora das regiões Sul/Sudeste, o Corinthians consolida-se como segundo time mais popular do país.[144] Na soma das regiões Centro-Oeste e Norte, os corintianos também ficam com o segundo posto de torcida mais popular.[144] O mesmo acontece no Nordeste brasileiro.[144] Os corintianos têm forte presença de torcedores em Estados como Pernambuco (segundo pesquisa Ibope/2010, são quase 700 mil torcedores, que só perdem para os três times locais: Sport Recife,Santa Cruz e Náutico; já o DataFolha coloca como a segunda maior torcida do Estado),[147][148] Ceará, com mais de 500 mil torcedores e atrás de Fortaleza, Ceará e Flamengo.[149][150] e Bahia, com mais de um milhão de torcedores, que só perdem para Bahia, Vitória e Flamengo.[11]
A Fiel Torcida demonstrou a sua grande importância para o clube nas finais da Libertadores, seja acompanhando o time nos estádios ou simplesmente pela televisão.
No primeiro jogo referente a Final da Copa Libertadores da América de 2012, realizado em Buenos Aires, na Argentina, entre Boca Juniors vs. Corinthians, a torcida do Timão promoveu mais uma invasão para sua galeria, desta vez a outro país, além dos 2.450 torcedores que estavam dentro da La Bombonera, outros milhares "sem ingresso" assistiram a grande final nos arredores do estádio portenho, promovendo um espetáculo singular na história desta competição, que é a mais importante das Américas[151][152][153][154][155].
No segundo jogo referente a final da Copa Libertadores da América de 2012, realizado em São Paulo, Brasil, entre Corinthians vs. Boca Juniors, foi registrado recorde de audiência, sendo que 72,3% dos televisores da capital paulista estavam ligados na TV Globo. A emissora carioca registrou média de 48 pontos de audiência. No Mundial da África do Sul, em 2010, o jogo com os melhores números foi Brasil e Chile, que bateu 46 pontos[156].
A festa da torcida alvinegra extrapolou a cidade de São Paulo, sendo realizada em diversos pontos do Brasil e do Mundo, como nos EUA, Inglaterra e no Japão[157][158]. Em Campo Grande a festa foi grande, pois nesta capital 19% da população são de torcedores alvinegros, já em Manaus, uma multidão tomou conta da Praça da Glória, na Zona Oeste da cidade, em Belém e João Pessoa, torcedores alvinegros foram aos bares da cidade para torcer pelo título inédito[159][160][161].
Um estudo divulgado em 2012 por uma consultoria mostrou que a torcida corintiana possui o maior poder de compra do país.[162]
Torcidas organizadas
O Corinthians tem como principais Torcidas Organizadas a Gaviões da Fiel, a Camisa 12, a Pavilhão 9 e a Estopim da Fiel. Fundada em 1969, a Gaviões da Fiel é a maior delas e possui mais de 90 mil sócios.[163] Gaviões e Camisa 12 têm rivalidade histórica, pois a segunda nasceu de uma divisão entre diretores da primeira, dois anos depois da fundação da Gaviões.[164] Hoje, existe uma divisão por razões políticas dentro da própria Gaviões da Fiel. Em jogos do clube como mandante, as quatro maiores torcidas corintianas cantam geralmente suas próprias músicas. Ss letras cantadas pelos integrantes da Gaviões da Fiel sobressaem-se sobre as demais torcidas uniformizadas corintianas, devido ao maior número de integrantes e constumam ser acompanhadas pelos outros torcedores, normalmente não-vinculados a qualquer facção, espalhados pelo estádio.[164]
Fora do estádio, as organizadas têm participando efetivamente da vida político-administrativa do Corinthians. Um dos casos mais notórios desta participação ocorreu na queda de Alberto Dualib, na década de 2000, que estava há mais de 15 anos no poder corintiano.[137]
Rivalidades
Derby Paulista
Corinthians e Palmeiras (antigo Palestra Itália) mantêm uma das mais antigas rivalidades do futebol brasileiro.[165] O clássico entre os clubes é conhecido como "Derby Paulista". O termo foi criado pelo jornalista Thomaz Mazzoni, de A Gazeta Esportiva, por ser um jogo difícil de apontar o vencedor, como eram as corridas de cavalo disputadas em Epsom (no Reino Unido), chamada de "Derby". O primeiro confronto aconteceu 6 de maio de 1917, com vitória palestrina por 3 a 0. Já a primeira vitória do Corinthians aconteceu na sexta partida entre os dois times, disputada em 3 de maio de 1919, por 3 a 0 (gols de Américo, Garcia e Roverso).[166] Com inúmeros duelos decisivos ao longo da história (Campeonato Paulista, Torneio Rio-São Paulo, Campeonato Brasileiro, e Taça Libertadores da América), é considerado um dos clássicos de maior rivalidade do futebol brasileiro.[167][168]
Majestoso
Outra grande rivalidade no futebol paulista é o clássico entre Corinthians e São Paulo Futebol Clube. O duelo é conhecido como "Majestoso", alcunha também dada pelo jornalista Thomaz Mazzoni. O primeiro jogo entre as duas equipes (na época, os são-paulinos eram o São Paulo da Floresta) ocorreu no Estádio Alfredo Schürig (Fazendinha), em 25 de maio de 1930, e acabou vencido pelos corintianos pelo placar de 2 a 1. Como São Paulo Futebol Clube, a primeira partida ocorreu em 1936, também na Fazendinha e com nova vitória corintiana, desta vez por 3 a 1 (três gols de Teleco). Contra o São Paulo, o Corinthians decidiu vários estaduais, além da final do Campeonato Brasileiro de 1990 e o Torneio Rio-São Paulo de 2002.
Clássico Alvinegro
O clássico entre Corinthians e Santos é chamado de "Clássico Alvinegro" em referência às cores dos dois clubes. O primeiro duelo entre as equipes aconteceu em 22 de junho de 1913, no Parque São Jorge (que à época não pertencia aos corintianos, e acabou em 6 a 3 para o time do litoral. A primeira vitória corintiana veio no quarto confronto, em 26 de agosto de 1917, por 3 a 0, no Estádio da Vila Belmiro. Em decisões de campeonato, os dois alvinegros mediram forças algumas vezes pelo Campeonato Paulista e uma vez pelo Campeonato Brasileiro, de 2002. Recentemente, estas duas equipes disputaram a semifinal da Copa Libertadores de 2012, na qual o time da capital se classificou para a decisão do torneio.
Clássico dos Invictos
Duelo menor entre as maiores rivalidades corintianas, o confronto entre Corinthians vs Portuguesa é também conhecido como o "Clássico dos Invictos". O primeiro jogo entre os dois times foi realizado no dia 12 de junho de 1921, pelo Campeonato Paulista daquele ano, e terminou com goleada alvinegra por 5 a 0. Os grandes duelos entre ambos ocorreram especialmente durante a primeira metade da década de 1950.
Outros confrontos
- Corinthians vs. Flamengo
- Corinthians vs. Vasco da Gama
- Corinthians vs. Atlético Mineiro
- Corinthians vs. Ponte Preta
Futebol profissional
Em sua história, o Corinthians sempre teve grandes jogadores no futebol, entre eles estão os brasileiros: Idário (revelado nas categorias de base do Corinthians), Biro-Biro (foi um dos maiores jogadores da década de 80), Neto (o xodó da fiel, conquistou o primeiro Campeonato Brasileiro do clube), Casagrande (revelado nas categorias de base do clube), Sócrates (um dos idealizadores da democracia corintiana), Vampeta (conquistou títulos como Campeonato Brasileiro 1998 e 1999, Campeonato Paulista 1999 e 2003, Mundial de Clubes 2000, Torneio Rio-São Paulo 2002 e Copa do Brasil 2002), Marcelinho Carioca (conquistou inúmeros títulos pelo Corinthians, um dos maiores jogadores da história do clube), Ronaldo(Campeonato Paulista 2009 e Copa do Brasil 2009) entre outros. Dentre os jogadores internacionais que mais se destacaram na história do Corinthians estão: Gamarra (Campeonato Brasileiro 1998 e Campeonato Paulista 1999), Rincón (Campeonato Brasileiro 1998 e 1999, Campeonato Paulista 1999 e Campeão Mundial 2000) e Carlitos Tevez (Campeonato Brasileiro 2005). Alguns treinadores se destacaram no Corinthians, como Carlos Alberto Parreira (deixou o comando do time para assumir aSeleção Brasileira em 2002, conquistou o último Torneio Rio-São Paulo e também a Copa do Brasil), Mano Menezes (conquistou o Campeonato Brasileiro série B 2008, Campeonato Paulista 2009 e a Copa do Brasil 2009, deixou o comando do time em 2010 para comandar a seleção brasileira) e Tite (conquistou o Campenato Brasileiro de 2011 e a Libertadores de 2012).
Elenco atual
Listagem oficial do clube até o momento. Não são listados jogadores que não foram inscritos em competições oficiais.[169]
- Legenda
Goleiros | ||
---|---|---|
Nº | Jogador | |
1 | ||
12 | ||
22 | ||
- |
Defensores | ||
---|---|---|
Nº | Jogador | Pos. |
3 | Z | |
4 | Z | |
13 | Z | |
27 | Z | |
28 | Z | |
2 | LD | |
18 | LD | |
26 | LD | |
6 | LE | |
16 | LE |
Meio-campistas | ||
---|---|---|
Nº | Jogador | Pos. |
5 | V | |
8 | V | |
17 | V | |
35 | V | |
10 | M | |
14 | M | |
20 | M | |
21 | M | |
29 | M | |
- | M |
Atacantes | ||
---|---|---|
Nº | Jogador | |
7 | ||
9 | ||
11 | ||
23 | ||
25 | ||
31 | ||
200 |
Comissão técnica | |
---|---|
Nome | Pos. |
T |
Transferências em 2012
- Legenda
|
|
Artilheiros
Jogadores que mais marcaram com a camisa do Corinthians.[187]
305 | |
267 | |
255 | |
235 | |
206 | |
201 | |
175 | |
172 | |
170 | |
146 |
Maior número de partidas
Jogadores que mais vezes atuaram com a camisa do Corinthians.[188]
805 | |
604 | |
602 | |
599 | |
589 | |
551 | |
549 | |
514 | |
473 | |
468 |
Treinadores
Treinadores que mais comandaram jogos pelo Corinthians.[189] [190] (Atualizado em 28 de Agosto de 2012)
439 | |
256 | |
217 | |
192 | |
185 | |
177 | |
176 | |
147 | |
139 | |
124 |
Ídolos
Alguns dos principais jogadores que ajudaram a fazer
a história do Sport Club Corinthians Paulista:
Goleiros | ||
---|---|---|